segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Diabetes


O Diabetes Mellitus é uma síndrome decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina exercer adequadamente suas ações. Caracteriza-se por excesso de açúcar no sangue (hiperglicemia crônica), com alterações no metabolismo de açúcares (carboidratos), gorduras (lípideos) e proteínas. Representa um grupo de distúrbios metabólicos nos quais existe uma menor utilização de glicose, induzindo hiperglicemia.

A insulina é o principal responsável pelo aproveitamento e metabolização da glicose pelas células do nosso organismo, com finalidade de gerar energia. É produzida pelo pâncreas e sua falta ou ação deficiente acarreta modificações importantes no metabolismo das proteínas, das gorduras, sais minerais, água corporal e principalmente da glicose.

O Diabetes é classificado em dois tipos mais freqüentes:

TIPO I:

A incidência do Diabetes Mellitus tipo I, insulino-dependente, que ocorre comumente na faixa etária de 0 a 15 anos, é de 7,8% da população. Surge mais freqüentemente em crianças e adultos jovens. Ocorre a destruição das células Beta, geralmente ocasionando deficiência absoluta de insulina, necessitando fazer uso de insulina diariamente. É de natureza auto-imune.

Esta forma de diabetes resulta de ausência acentuada e absoluta de insulina; representa de 5 a 10% dos portadores de diabetes (pâncreas pára de produzir a insulina). Poucos casos têm relação com hereditariedade. A evolução clínica é rápida se não for tratado prontamente com insulina.

TIPO II:

É a forma clássica com graus variados de resistência à ação da insulina e uma deficiência relativa de insulina, geralmente está associado a obesidade. A prevalência maior era entre os mais velhos, mas com o aumento de crianças obesas tem-se observado uma incidência maior em faixas etárias mais baixas.

Neste caso, causas subjacentes são fatores genéticos, assim como os efeitos do estilo de vida ocidental, como obesidade e comida excessiva; representa 90% dos portadores de diabetes (pâncreas diminui a produção de insulina e/ou a insulina produzida não é bem aproveitada). O início dos sintomas é lento, podendo permanecer assintomático por longos períodos, levando a complicações crônicas.

A incidência é maior após os 40 anos e fatores genéticos são freqüentes influências. Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos. O diabetes tipo II é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo I e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Outras vezes vai necessitar de medicamentos orais e por fim, a combinação destes com a insulina.

Outros tipos:

Existem outros tipos específicos de diabetes sem a história genética (familiar) na sua origem. O diabetes que aparece na gravidez é classificado em separado como diabetes gestacional ou da gravidez.

O Diabetes Gestacional surge em mulheres grávidas que não eram diabéticas, ocorre alteração da tolerância a glicose em graus diversos diagnosticado durante a gestação. Geralmente, desaparece quando esta termina. Podem futuramente desenvolver o Diabetes tipo 2.

Hoje são conhecidos mais de 20 tipos de enfermidades, que cursam com hiperglicemia e portanto, são catalogadas como Diabetes Mellitus.

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